segunda-feira, junho 13, 2011


G3- O velho Lua

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Luiz Gonzaga do Nascimento o Rei do Baião, ou a mais sincera tradução do sofrimento e das alegrias de um povo sem voz. Com o pouco que tinha em mãos e com o quase nada que a vida lhe deu, este gênio construiu uma das mais belas obras da música e da cultura popular brasileira, uma representação tão rica quanto singela que nos ensina a qualquer tempo do que é feito o Brasil.


Foi no sudeste, mais precisamente no Rio de Janeiro, que Luiz Gonzaga começou a despertar o interesse do povão e do mercado fonográfico; após ter vivido vários fracassos em programas de calouros da época, reproduzindo em seu acordeão canções estrangeiras e populares com as quais embalava casais cariocas, Gonzagão decidiu resgatar sua cultura nordestina e compor sua própria música. E com essa idéia apresentou-se, aos 29 anos, no programa de rádio de Ary Barroso, revelando ao público em êxtase seu primeiro sucesso genuíno: “Vira e Mexe”.

Pouco depois explodiria nas rádios com “Pé de Serra”, onde narrava para o mundo um pouco de onde vinha, da cidadezinha de Exu. Daí até o final de sua sábia jornada pela Terra, Luiz Gonzaga passaria cantando a história de sua gente com uma genialidade e originalidade que fizeram deste ícone do cangaço um herói regional da mais alta estatura. E tendo composto letras imortais, o Velho Lua se tornou um patrimônio da cultura popular nacional que não deve, nem pode jamais ser esquecido por alguém que sinta orgulho de ser brasileiro.

Aos 76 anos de vida, lutando contra a osteoporose e vitimado por uma parada cardíaca, o Embaixador Sonoro do Sertão morria na capital Pernambucana. Neste domingo, 2 de agosto de 2009, completa-se 20 anos de sua morte.

Por: Letícia Ventura

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