O Sudão do Sul se tornou oficialmente às 0h01 locais de sábado o mais novo
país do mundo, ao se tornar independente do restante do Sudão. Nas ruas
da capital do país, Juba, centenas de pessoas comemoraram a
independência logo após o horário oficial da separação do norte.Segundo o enviado da BBC a Juba Will Ross, às vésperas do nascimento do
país as rádios tocaram sem parar o hino nacional sul-sudanês, composto
por estudantes locais.
O país nasce a partir de um acordo de paz firmado em 2005, após 12 anos
de uma guerra civil que deixou 1,5 milhão de mortos. Em janeiro, 99% dos
eleitores do Sudão do Sul votaram a favor da separação da região,
predominantemente cristã e animista, em relação ao norte, governado a
partir de Cartum, onde a população é em sua maioria muçulmana e de
origem árabe.
Abyei e Kordofan
A independência está sendo celebrada sem que as fronteiras entre o
sul e o norte já estejam completamente definidas. Um foco de tensão é o
debate sobre quem ficará a região de Abyei, rica em petróleo.
Em maio, forças do Sudão do Norte entraram em Abyei. Os conflitos
forçaram 170 mil pessoas a deixarem suas casas, para fugir da violência.
Petróleo, selos e capital
A questão do petróleo é uma das questões mais sensíveis na divisão do
Sudão. A maior parte das reservas fica no sul, mas quase toda a
infraestrutura para refino e transporte fica no norte. Por enquanto, a
receita é dividida meio a meio.
Mas as delicadas questão envolvendo o norte não são os únicos problemas
que o Sudão do Sul está tendo que enfrentar. O país ainda discute, por
exemplo, quem irá estampar as notas da futura nova moeda, o design dos
selos e até qual será a capital – Juba ou uma nova cidade a ser
construída, que pode até ter o formato de animais ou frutas africanas.
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